De acordo com Mário Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal, a crise econômica e o medo da contaminação afastaram as trabalhadoras do cargo. “A crise econômica afastou as empregadas domésticas. Além disso, 15% das empregadas têm mais de 60 anos, fazendo parte do grupo de risco da covid-19. O medo da contaminação gerou uma cadeia de desempregos. E o setor mais desfavorecido é justamente o da classe doméstica, onde os empregadores pensaram logo na demissão para cortar custos”, explica Avelino.
Com a grande leva de demissão, as empregadas domésticas recorreram ao auxílio emergencial no ano passado. Porém, com o benefício reduzido, muitas amargam a falta de renda dentro de casa. “O auxílio emergencial se tornou a única fonte de renda dessas empregadas, mas muitas não estão tendo nem acesso ao benefício neste ano. Elas sofrem sem a quantia e sem a possibilidade de encontrar uma oportunidade de emprego em um mercado cada vez mais difícil. Não houve uma medida de retenção, está muito pior”, pontua Avelino.