Segundo dados oficiais da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil é o país com mais trabalhadores domésticos em todo o mundo. Um levantamento do Instituto Locomotiva informa que 6,5 milhões de brasileiros prestam esse tipo de serviço no país. Somente em 2013, no entanto, a classe conseguiu direitos trabalhistas, por meio da PEC das Domésticas, como carga horária de trabalho e o pagamento de horas extras. Regulamentada em 1º de junho de 2015, a conquista completa 5 anos amanhã. Em meio à quarentena provocada pela pandemia do novo coronavírus, no entanto, no lugar da comemoração, só há motivos para preocupação.
Para Mário Avelino, presidente do Doméstica Legal, “diferentemente das pessoas jurídicas, que são bem pragmáticas, os empregadores domésticos são mais emotivos, criando laços de amizade com as trabalhadoras”, por isso, evitam ao máximo a demissão. É o caso da moradora da Cidade Ocidental Maria Selma Pereira, de 37 anos, que é mensalista em uma casa há 4 anos. Mesmo com a pandemia, ela se sente amparada onde trabalha. “O trabalho continua o mesmo. O que mudaram foram as condições para ir e vir ao trabalho. A minha patroa colocou motorista e forneceu máscara e álcool em gel, para mim e para minha família”, conta. Ela afirma que o marido está desempregado e que ela está tentando manter a casa com o salário e uma ajuda da patroa.
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